Mais um post pra série “confusão a partir de terceiros” ou “serviu a carapuça?”.
Já tem quase um mês que li um simpático diário emblemático para uma geração: o clube dos corações solitários.
Naquele momento em que tudo vai ficando em panos limpos no livro, o simpático Spit, dono da primeira pessoa, coloca o amigo na parede:
"- Você está querendo dizer que só acredita no amor quando está compondo?"
Dado esse soco na boca do estômago e na ausência de coração eu fiquei extremamente sem como reagir, terminei de cair na cama, peguei o ipod, escutei duas enxurradas de alma e projetei tudo no teto. Primeiro foi o Sea Change, com Beck em seu momento Nick Drake e destruído depois de separar da namorada que ele achou que era para uma espécie de “sempre”. Logo em seguida coloquei um bom inverno, Bon Hiver – Français, e finalmente o Bon Iver que na verdade chama Justin Vernon. Complicado? Não, é mais um heartbreak dos grandes que rendeu uma pérola, o explícito “For Emma, Forever Ago”, que o cara gravou solitariamente em uma cabana na gelada Wisconsin.
Mas a verdade para João, amigo de Spit, é que ainda era apaixonado por uma guria que foi morar em Londres e depois ele foi para lá resolver a situação. Deixando a carapuça exclusivamente para mim.
Dá-me uma vontade cruel de ter vivido, morrido e depois gravado discos delicadamente viscerais e honestos quanto ao que aconteceu de verdade. Não que minhas pequenas canções bobas de amor sejam falsas... é que falta um pedaço.
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