São imagens de uma América distante e desolada. Sol se pondo, pântanos e pontes vazias. Nada mais natural que os registros do Wilco sejam interpretados como um Road Movie. Desde a sua formação, os caras são assumidamente uma banda estradeira. Inclusive, fica aí a sugestão, desde já, para o alemão Win Wenders, diretor de Paris, Texas, Don’t Come Knockin, Lisbon History, trabalhou com Bono Vox e o ícone americano Willie Nelson.
Já o “Ashes of American Flags”, dirigido pelo ex-baterista do Fugazzi Brendan Canty e o Christoph Green é um retrato de uma banda amadurecida em turnê.
O repertório é generoso passando por quase toda a impecável discografia da banda. Isso com músicas inteiras para deleites completos.
A respeito do Wilco, tudo já foi falado em outras ocasiões do Alto Falante, formalmente, no próprio programa, e informalmente, nas boas cervejadas das vida. Fazer aqui um comentário simplista, dizendo que a banda está afiada é desmerecer seus atributos técnicos, criativos e de entrega nas apresentações. Aliás, falando em entrega, uma das passagens do documentário mostra o estado em que os músicos ficam após os shows. Diagnóstico: contusões, sangramentos e dor de garganta. Logicamente recompensados pelo calor do público ensandecido que improvisou até um Grammy para a banda.
O chefe Jeff Tweedy se emociona ao falar do baixista John, único companheiro desde o começo do grupo em 1994. E resume que não quer que nada mude com o Wilco. No meio de tanto carinho tem espaço até para o amor paterno. O pai do Jeff Tweedy surge depois dos créditos finais para fazer seu comentário coruja. Além de um farto bônus com mais sete músicas.
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