A Roça

Antigamente na roça íamos despretensiosamente brincar de ser feliz. Nada muito a se fazer senão ignorantemente beber até cair e rir até amolecer a bochecha. Tudo entre família e amigos, fato que em algum momento se mistura – no final das contas não sei ao certo quem representa cada entidade.

Lembrando que tem uma represa incrivelmente maravilhosa igual a milhares de outras, mas essa nos é íntimo. Um mergulho é cair em si e se entender um pouco mais. Pescar alguma coisa que perdemos.

Na verdade não mudou nada, mas hoje na roça somos obrigados a ser feliz. Aproveitar, sugar tudo e esquecer que o tal do amanhã está aí. O sol se pondo é dolorosamente lindo. Aquele paradoxo sentimentalóide que assistimos fascinados porém desejando que não estivesse acontecendo tão cedo.